quinta-feira, 9 de abril de 2009







Fisiologia do Arroz

Outro dia, fui até Torres, litoral do rio Grande do sul, conhecer as plantações de arroz.
Conheci o Jairo, associado da Cooperverde, plantador de arroz e criador de marrecos.
Inserido em processos tecnológicos do programa IRGA- 10 toneladas, programa estes baseado em insumos quimico industriais e principalmente em variedades mutagênicas que suportam herbicidas.

Comentamos sobre o desdém com que é tratado a tecnologia do uso do marreco para a limpeza do arroz, e de como os técnicos do agronegócio acham improvável e ocasional os resultados do manejo do marreco no arrozal.
Pensei logo!
Isto se configura numa verdadeira tecnologia, local e que abrange um sistema aquático, que tem resultados econômicos financeiros superiores ao agronegócio químico industrial.
Mas para isto é preciso diferenciar fisiologicamente os modelos.
Assim me desafio MENTALIZAR E TRANSCREVER a teoria fisiológica do aquário, no caso o processo em sí como em um organismo.
Este enfoque baseia se no metabolismo e como é vivo, cresce, dorme, respira, engorda, porém procura uma função econômica, produtiva.
Assim o que de melhor podemos fazer é acelerar o arroz no tempo, fazendo o crescer no espaço. A medida em que passam as safras a produção aumenta e aumenta também a capacidade metabólica...
Mas comecemos do início.
1 - O corpo
O solo activo possui ar, matéria orgânica putrefática em degradação mineralizante ou seja reações predominantes de redução, com produto final que é gás metano. A medida em que passa o tempo esta é oxidada, reduzida, degradada até ficar somente areia e o solo estar exaurido de sua capacidade nutritiva.
Nos solo de banhado quem traz os nutrientes é a água. Daí crescerem os Aguapés, Algas e todo um zooplancton. O número de espécies está realacionado com a diversidade de minerais e também com as inúmeras etapas ciclicas de cada ser. Com seus respectivos momentos de vitalidade e morte.
2 - O Funcionamento

Nossa proposta consiste em simplesmente ativar o sistema através do arroz e dinamizar, movimentar através do marreco. A medida que os processos fisiológicos do arroz e do marreco sucedem se no tempo o solo cresce e aumenta a massa dos marrecos e do arroz aumenta a taxa metabólica do sistema.
Hipoteticamente 30 marrecos com 500 gramas cada um num total de 15 Kg + 1 ha de arroz com 20 plantas por metro quadrado num total de 200 mil plantas. Volume de solo de 10cm com total de 1000 metros cúbicos de solo. tempo do marreco 100 dias taxa de conversão 4x1, taxa de crescimento do arroz 1 cm dia. Temperatura média 20 graus, quantidade de Geobacter 2 toneladas por ha.
Após 30 dias cada marreco comeu 100gramas dia. Totalizando 100x30 = 90 mil gramas de alimento ou cada marreco converteu 750 gramas + 500 gramas= 1250 gramas x 30 animais 37,50 kg= massa total dos marrecos.
Conforme aumenta a massa do marreco também aumenta sua capacidade metabólica, aumenta também a velocidade de digestão e ingestão, consequente excreção.
A velocidade de digestão é importante para a limpeza das lavouras mas aumenta a massa de excrementos.
O Arroz também aumentou sua massa em aproximadamente 30 cm com incorporação de carbono na parte aérea e nas raízes.
O arroz ingeta ainda ar, através das canalículas no solo alagado aumentando ainda mais a dinâmica dos elementos na fertilidade fermentativa.
metabólica.
O solo aumentou seu volume em razão do plancton e zooplancton, também em virtude de a massa de excrentos dos marrecos e pela dinâmica nutritiva das raízes.
Aumentam as frações vivas e suas relações e como os elementos minerais continuam se complexar há um crescimento do fundo enquanto o arrozal estiver fotossintetizando o solo estará crescendo, enquanto o marreco estiver vivendo estará vivificando a dinâmica, com suas virtudes.
O resultado?
- bom o resultado é um arrozal doze por cento mais denso, um rendimento de engenho elevado e um gasto com insumos industriais minimizado.
- Como o marreco se alimentou de forma mineralizante temos um marreco mais pesado e com melhor qualidade nutricional.
A simples adição de minerais resulta em um sistema biológicamente entrópico e de energia superior, conforme passam as safras passam a melhorar os indices de produção. Porém minerais que passam pela moela do marreco desempenham funções em dinâmicas produtivas mais elevadas, pois foram metabolizadas nas moelas dos marrecos.
A digestão dos minerais é um processo diferente da solução de minerais sais químicos, industriais até porque não podemos dar sais para os animais.
A biomineralização se diferencia por haver a metabolização dos elementos.

Vamos ver até onde vamos assim.
O certo é que iremos bem !
eu acho!